O angiologista e cirurgião vascular José João Lopes esclarece as principais dúvidas sobre as varizes e quais os tratamentos indicados.
Período ideal para tratamentos de beleza e saúde, entre eles a eliminação de varizes, o inverno é uma das estações mais propícias para esse tipo de procedimento, pois geralmente o paciente deve evitar a exposição solar, para chegar na primavera/verão com os resultados definitivos, aproveitando plenamente o calor.
Contudo, sempre se deve levar em conta a palavra de um especialista, que dará o diagnóstico mais preciso, indicando o melhor tratamento. Dr. José João Lopes, angiologista e cirurgião vascular, esclarece que as varizes são uma doença multi fatorial, ou seja, existem vários fatores que contribuem para o seu aparecimento. Os principais são a hereditariedade, gravidez, obesidade, cigarro, alterações hormonais (principalmente o uso de anticoncepcionais e a reposição hormonal) e vida sedentária.
Com um diagnóstico clínico, a doença circulatória pode ser classificada por telangiectasias, microvarizes e varizes. As telangiectasias são vasos em forma de “teia de aranha”, que não apresentam riscos à saúde, pois impedem apenas a circulação sangüínea local, não necessitando de uma remoção. Apesar de não aumentarem de tamanho, elas se multiplicam e comprometem a estética.
Já as microvarizes são pequenas veias que se dilatam, tornando-se salientes, de aspecto esverdeado, podendo se transformar em varizes. Por fim, as varizes são dilatações das veias superficiais das pernas, que se tornam doentes e, por isso, ficam tortuosas, alongadas e dilatadas, funcionando de forma alterada e dificultando a circulação do sangue.
Segundo Dr. José João é primordial diagnosticar o grau de insuficiência venosa. Atualmente há diversos tratamentos minimamente invasivos que dispensam anestesias e internações.
A técnica a Laser é um dos recursos utilizados, conforme explica o cirurgião vascular. “O método tradicional implica na retirada da veia, traz o risco de rompimento de vasos colaterais, provoca mais sangramento e causa mais hematomas e traumas, exigindo um repouso pós-cirúrgico mais prolongado. Em contrapartida, a moderna cirurgia a laser pode ser realizada até com anestesia local (dependendo de cada caso), permite a não retirada da veia, provoca um sangramento mínimo e deixa poucos hematomas. Em conseqüência, a volta às atividades normais geralmente se dá em 1 ou 2 dias”.
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